SÃO PAULO – Após chegar a subir 1,56% na máxima do dia após três sessões seguidas de queda, o Ibovespa diminui fortemente os ganhos na tarde desta quinta-feira (11), com uma combinação tanto de fatores domésticos quanto externos. Às 14h43 (horário de Brasília), o índice subia 0,19%, a 118.545 pontos. O dólar comercial também acelerou a alta, com ganhos de 0,40%, a R$ 5,4115 na compra e R$ 5,3352 na venda.
Em destaque no noticiário nacional, estão as declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro sobre o auxílio emergencial. O presidente afirmou nesta quinta-feira que o governo estuda renovar o auxílio emergencial por três ou quatro meses a partir de março.
“Está quase certo, ainda não sabemos o valor, com toda certeza, a partir… com toda certeza, pode não ser, né, a partir de março, 3, 4 meses, isso está sendo acertado, com o Executivo, e com o Parlamento também, porque temos que ter responsabilidade fiscal”, disse Bolsonaro em rápida entrevista após evento em Alcântara (MA). Pouco antes, em discurso na cerimônia para entrega de títulos de propriedade na cidade maranhense, Bolsonaro disse que o pagamento do auxílio aos vulneráveis que sofreram impactos da pandemia de Covid-19 representa endividamento para o país e não pode ser eterno.
As bolsas americanas viraram para queda, com os investidores embolsando ganhos após sessões seguidas de ganhos.
Autonomia do BC e setor de serviços
Por aqui, a Câmara dos Deputados aprovou por 339 votos a 114 o projeto que garante a autonomia formal do Banco Central. O texto já passou pelo Senado e agora vai a sanção presidencial. Apesar da vitória nessa pauta liberal, há ainda alguma preocupação com a possibilidade do governo estourar o teto de gastos para estender o auxílio emergencial.
Em Brasília, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pressionou o ministro da Economia, Paulo Guedes, a apresentar uma solução para prorrogar o benefício. Lira disse que as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) como a Emergencial serão importantes para abrir espaço no Orçamento e que terão tramitação imediata, porém também alertou: “situação está ficando crítica, mas nada foi encaminhado”.
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Entre os indicadores, o setor de serviços ficou estável, com leve variação negativa de 0,2% em dezembro frente a novembro, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa mediana dos economistas compilada pela Refinitiv era de crescimento de 0,4%. Em 2020, a queda do setor de serviços foi de 7,8%.
Radar corporativo
A temporada de resultados continua com os números da Suzano em destaque: a produtora de papel e celulose teve lucro líquido de R$ 5,914 bilhões no quarto trimestre do ano passado, forte salto ante o resultado positivo de R$ 1,175 bilhão registrado no mesmo período de 2019. O desempenho foi apoiado por um salto no resultado financeiro positivo da companhia, impulsionado por ganhos cambiais e com derivativos. A linha subiu de R$ 1,6 bilhão no quarto trimestre de 2019 para R$ 6,2 bilhões nos três meses encerrados em dezembro passado. Ajudou também no resultado geral do grupo uma melhora operacional com queda no custo de produção de celulose.
A Suzano ainda concluiu a captura de ganhos de sinergias com Fibria, atingindo no final de 2020 ganhos recorrentes estimados de R$ 1,3 bilhão antes de impostos.
O lucro do Banrisul teve queda de 41,5% no quarto trimestre de 2020 em comparação com o mesmo período de 2019, chegando a R$ 232 milhões. No quarto trimestre, a margem financeira foi de R$ 1.462,4 bilhão, alta de 18% na comparação com o trimestre imediatamente anterior. As provisões para perdas foram de R$ 401,3 milhões, 25,6% superiores ao terceiro trimestre. O índice de inadimplência de 90 dias foi de 2,31% em dezembro de 2020, queda de 1,06 ponto percentual em doze meses, ou de 0,67 ponto percentual em três meses.
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A Raízen, joint venture entre Cosan e Shell, fechou na quarta um acordo com a IMC para abertura de unidades da rede Frango Assado em postos Shell, e migração de postos da IMC para a Shell. A IMC tem 19 postos com as bandeiras BR, Ale e Ipiranga, e é dona da marca Frango Assado, com 25 unidades no Brasil.
Sobre a Vale, o Valor informa que um grupo formado para representar os atingidos pelo rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a homologação do acordo feito entre a Vale e governo de Minas Gerais na semana passada. Ainda não foi sorteado relator para avaliar o pedido.
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