“Recebemos de volta 12.000 apartamentos antes da lei dos distratos”, diz CEO da Helbor

“Recebemos de volta 12.000 apartamentos antes da lei dos distratos”, diz CEO da Helbor

SÃO PAULO — Apesar da pandemia, as construtoras brasileiras tiveram, de forma geral, um 2020 forte. Isso porque havia uma demanda represada por imóveis de pessoas que aguardavam condições melhores para comprarem sua casa própria, e a queda da taxa Selic no ano passado para seu menor nível histórico foi o gatilho para isso.

Segundo Henry Borenstein, CEO da Helbor (HBOR3), as companhias do setor se ajustaram rapidamente às vendas e assinaturas de contratos online e os lançamentos continuaram acontecendo, mesmo que de forma remota. Já o aumento da Selic anunciado nesta semana pelo Banco Central não deve afugentar os compradores, na visão de Borenstein, uma vez que os juros permanecerão baixos para os financiamentos imobiliários.

“Os juros ainda vão continuar baixos para o financiamento imobiliário. Até a nossa venda de estoque de unidades prontas está acontecendo e estamos tendo um bom volume de vendas. Apesar da pandemia e a questão econômica, no caso a Selic, o mercado imobiliário ainda vai ter um bom ano”, disse o executivo em live do InfoMoney na quinta-feira (18). “Não vai atrapalhar o nosso volume de vendas”, completou.

Sobre a operação da empresa, o executivo afirmou que ela “fez uma baita lição de casa nos últimos três anos” a fim de reduzir suas dívidas, parte delas geradas pela devolução de 12.000 apartamentos antes da lei dos distratos.

A entrevista faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, no qual CEOs e outros executivos importantes de empresas da Bolsa comentam os balanços do quarto trimestre de 2020 e o desempenho anual das companhias, e falam também sobre perspectivas. Para não perder as próximas lives, que acontecem até o início de abril, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

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Borenstein falou sobre a queima de caixa de R$ 52 milhões no ano passado, que, segundo ele, foi uma “queima de caixa para o bem”, já que o dinheiro foi utilizado para o pagamento de alguns terrenos que a companhia comprou para voltar a lançar, além da quitação de dívidas. Ele mencionou que a companhia tem um histórico de boa geração de caixa justamente pelo perfil de ciclos curtos — entre a compra do terreno, a execução da obra e a venda das unidades.

Franco Gerodetti, diretor de relações com investidores da companhia, comentou sobre a atual queda dos preços das ações. “Essa é uma questão que sempre aparece, se o agrupamento prejudicou o desempenho das ações e a resposta é não. Quando a gente olha o preço da ação hoje a gente fica muito chateados, muito tristes, porque a gente está aqui dentro e estamos enxergando de perto quanto essa companhia vale”, afirmou.

Os executivos falaram ainda sobre o aumento no custo dos materiais, o repasse do INCC mensalmente tanto aos clientes quanto aos fornecedores, perspectiva de vendas para este ano, a importância do landbank da companhia e remuneração ao acionista. Assista à live completa acima.

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