China impõe restrições e venture capital migra para a Índia

China impõe restrições e venture capital migra para a Índia

Bandeiras da China e da Índia (Foto: Getty Images)

(Bloomberg) — Os investidores de capital de risco têm um novo favorito entre os mercados em desenvolvimento.

O valor dos acordos de venture capital na Índia subiu para US$ 7,9 bilhões em julho, enquanto esses investimentos na China despencaram para US$ 4,8 bilhões, de acordo com dados compilados pela firma de pesquisa Preqin. É a primeira vez que a Índia ultrapassa o país vizinho nos dados mensais desde 2013.

Uma ressalva importante é que a relevância de um único mês de dados pode ser limitada, uma vez que as apostas em capital de risco costumam ocorrer em ritmo irregular, com surtos de atividade seguidos de períodos de calmaria. A China já havia ultrapassado US$ 65 bilhões no primeiro semestre, o que indica que o total em 2021 provavelmente será superior ao observado na Índia.

Ainda assim, os dois países parecem estar caminhando em direções opostas. O governo do presidente Xi Jinping anunciou diversas medidas contra empresas de tecnologia e outros setores, assustando os investidores sobre as perspectivas para o futuro. Enquanto isso, as startups da Índia abrem o capital e encontram enorme demanda. A ação da operadora do aplicativo de entrega de comida Zomato avançou cerca de 75% desde a estreia na bolsa há oito dias, sinalizando a oportunidade de lucro.

“Os investidores globais estão cada vez mais entusiasmados com o potencial das empresas indianas de competir na Índia e em mercados no mundo todo”, disse Anis Uzzaman, CEO e sócio da Pegasus Tech Ventures, sediada em San Jose, na Califórnia

O montante destinado à Índia em julho foi alavancado por uma rodada de financiamento de US$ 3,6 bilhões para a Flipkart, gigante de comércio eletrônico controlada pela Walmart. O investimento avaliou o empreendimento em US$ 37,6 bilhões e uma oferta inicial de ações (IPO) está nos planos para 2022. Na China, houve aceleração dessas operações em junho, logo antes da queda.

Segundo a Preqin, na última vez que a Índia ultrapassou a China em captação de recursos para empreendimentos de risco, em 2013, a Flipkart também estava envolvida.

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