Após forte balanço da Braskem no 2º tri, analistas projetam resultados “acima da média” nos próximos trimestres

Após forte balanço da Braskem no 2º tri, analistas projetam resultados “acima da média” nos próximos trimestres

SÃO PAULO – Um dos grandes destaques do Ibovespa, com o melhor desempenho do índice no ano, a Braskem (BRKM5) registrou um resultado recorde no segundo trimestre, que foi interpretado como positivo por analistas do mercado financeiro.

Diante da combinação de melhores preços para seus produtos químicos e em meio à alta do real ante o dólar, a petroquímica teve lucro líquido de R$ 7,4 bilhões entre abril e junho deste ano, revertendo prejuízo de R$ 2,5 bilhões apresentado um ano antes. Já quando comparado com os primeiros três meses do ano, o lucro triplicou.

A receita líquida, por sua vez, ficou em R$ 26,4 bilhões no período, alta de 136% na comparação anual.

Durante teleconferência com acionistas nesta quinta-feira (5), Roberto Simões, presidente-executivo da Braskem, disse que é possível uma retomada no pagamento de dividendos, apoiada em um quadro de baixa alavancagem e fortes resultados. “Vamos voltar a discutir isso no segundo semestre”, afirmou.

A Braskem é a empresa com melhor desempenho do Ibovespa no acumulado do ano, com ganhos de 145,3% até quarta (4). No período, o índice sobe 2,3%.

A petroquímica passa por um movimento positivo em meio às expectativas de melhora operacional e também, com a perspectiva de que a venda da fatia da ex-Odebrecht (atual Novonor) na companhia finalmente aconteça.

Nesta quinta, os papéis abriram o pregão com alta de 1% e chegaram a subir até 3,7%, a R$ 59,96, na máxima do dia. Depois, contudo, as ações BRKM5 viraram para queda e recuavam 5,08% por volta das 15h25 (horário de Brasília), também com os investidores embolsando os lucros em meio às altas recentes e com o maior mau humor no mercado doméstico por conta de receios políticos e fiscais.

Em relatório, o Morgan Stanley escreve que o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 1,78 bilhão superou as estimativas da casa em 10% e o consenso, em cerca de 4%.

Os analistas destacam que o Ebitda registrou aumento de 20% ano sobre ano no mercado doméstico, 56% nos EUA e Europa, e 133% no México, impulsionando os números.

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Daqui para frente, a companhia espera que a demanda por resinas continue robusta, com algum nível de aumento de estoque na indústria antes da temporada de furacões no Golfo dos EUA, escrevem.

No México, a expectativa do time de análise é de que a maior oferta de etano, com o aumento da capacidade de importação, permita o crescimento das vendas.

Os resultados financeiros mais positivos (impulsionados pela variação cambial não monetária) também fizeram com que o lucro por ação superasse a estimativa do Morgan.

“Embora acreditemos que o segundo trimestre tenha marcado um ciclo de alta para a Braskem, continuamos projetando resultados muito acima da média nos próximos trimestres”, escrevem os analistas.

A avaliação é compartilhada pela casa de análise Levante, que diz ver a Braskem surfando um “excelente momento de demanda por produtos petroquímicos”.

Isso se deve, segundo os analistas, a um cenário de retomada econômica mais forte nos países desenvolvidos, além de uma demanda estrutural maior por derivados petroquímicos no mundo, com maior diversificação no uso de resinas plásticas e outros produtos.

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