Ações da Petrobras fecham estáveis apesar de queda do petróleo; Renner cai quase 1% e BK Brasil sobe 4,8%

Ações da Petrobras fecham estáveis apesar de queda do petróleo; Renner cai quase 1% e BK Brasil sobe 4,8%

(Crédito: Shutterstock)

SÃO PAULO – Em mais um dia de virada do mercado, as ações da Petrobras (PETR3, R$ 27,15, -0,04%; PETR4, R$ 26,60, -0,15%) amenizaram as perdas, ainda fechando no negativo, seguindo o movimento de queda no mercado de petróleo, com os contratos do WTI e do brent caindo mais de 2% em uma semana negativa para a commodity, com os investidores repercutindo o impacto da variante delta do coronavírus na demanda por combustíveis.

A Vale (VALE3, R$ 97,55, +0,04%), por sua vez, conseguiu fechar em alta, ainda que praticamente estável, após o tombo de quase 6% da véspera com a derrocada do minério.

O contrato futuro mais negociado na Bolsa de Dalian, na China, após a derrocada de mais 7% na véspera (e que fez a ação da Vale cair mais de 5%), ficou próximo à estabilidade, com leve alta de 0,26%. Já o contrato futuro da commodity negociado em Singapura subiu 5,9%, a US$ 138,30 a tonelada nesta sexta-feira na sequência de uma queda de 12% na véspera, mas segue no nível mais baixo desde dezembro.

Ainda no radar, as ações da Lojas Renner (LREN3, R$ 39,20, -0,63%) caíram. No final da tarde de ontem, a varejista informou que sofreu um ataque cibernético em seu ambiente de tecnologia na quinta-feira, que provocou indisponibilidade em parte de seus sistemas.

As ações do BK Brasil(BKBR3, R$ 9,32, +4,84%), por sua vez, avançaram cerca de 5%. A ação teve a recomendação elevada para equivalente à compra pelo BBA.

Enquanto isso, os papéis da Sabesp (SBSP3) saltaram mais de 10% após o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (sem partido) falar em sua posse como novo secretário de Projetos e Ações Estratégicas do governo de São Paulo que uma das prioridades de sua gestão é organizar a concessão ou privatização da empresa de saneamento.

“Acho que é uma coisa simbólica [a privatização da Sabesp]. Organizar a privatização, a concessão, deixar isso organizado até o final da minha gestão junto com o governador Doria e o vice-governador Rodrigo Garcia será uma marca importante da minha gestão”, afirmou em resposta a jornalistas.

Confira os destaques abaixo:

Braskem (BRKM5, R$ 58,58, +1,95%)

Segundo a coluna do Broad, a venda da fatia da Novonor (antiga Odebrecht) na Braskem, deve ser postergada. A princípio, a ideia era concretizar o negócio este ano para aproveitar a alta no ciclo da petroquímica e das commodities – uma vez que não é certeza que o patamar se mantenha por mais tempo.

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Leia também: Oferta de ações da Braskem volta à mesa para saída de acionistas

Quando o plano de recuperação judicial da então Odebrecht foi desenhado, a expectativa era de que o grupo levantasse R$ 18 bilhões com sua parte, que equivale a 50,1% do capital votante e 38,3% do capital total da empresa. Graças ao ciclo positivo do setor e ao enquadramento dos problemas em suas operações em Alagoas e no México, a Braskem vale hoje mais de R$ 40 bilhões em Bolsa.

Gerdau (GGBR4, R$ 27,65, -0,14%)

O Conselho de Administração da Gerdau aprovou a reorganização de subsidiárias no México, informou a companhia em comunicado ao mercado.

A reestruturação envolve a subsidiária Sidertúl e as suas sociedades Aceros Corsa e Gerdau Corsa – estas em parceria com o Grupo Córdova. As três companhias, todas localizadas no México, se fundirão e se tornarão uma só.

Para isso, o Grupo Córdova comprará 16,84% do capital da Sidertúl por US$ 32,5 milhões, equalizando sua participação nesta empresa com aquilo que possui nas demais. Após isso, a Gerdau aumentará de 70% para 75% sua participação na companhia resultante, que herdará o nome Gerdau Corsa.

Lojas Renner (LREN3, R$ 39,20, -0,63%)

No final da tarde da véspera, a varejista Lojas Renner informou que sofreu um ataque cibernético em seu ambiente de tecnologia na quinta-feira, que provocou indisponibilidade em parte de seus sistemas.

A Lojas Renner informou nesta manhã que as equipes continuam trabalhando para restabelecer o e-commerce em breve. A empresa destaca que todas as lojas físicas continuam abertas e operando, em atualização do comunicado divulgado anteriormente. Afirma ainda que os principais bancos de dados permanecem preservados.

No documento, a empresa diz que continua atuando de forma diligente para mitigar os efeitos causados. “As equipes permanecem mobilizadas, executando o plano de proteção e recuperação, com todos seus protocolos de controle e segurança e trabalhando para restabelecer todas as operações da companhia”.

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No comunicado lançado ontem, a Lojas Renner ressaltou que faz uso de tecnologias e padrões rígidos de segurança, e que continuará aprimorando sua infraestrutura para incorporar cada vez mais protocolos de proteção de dados e sistemas.

O Itaú BBA avaliou as informações sobre os ataques à Lojas Renner como marginalmente negativos. O banco destaca que não é a primeira vez que uma empresa sob sua cobertura foi alvo de um ciberataque, e diz que as empresas que passaram pelo problema foram capazes de normalizar suas operações rapidamente, sem grandes danos operacionais. O banco diz esperar que o mesmo ocorra no caso na Renner. O Itaú mantém recomendação outperform (perspectiva de valorização acima da média do mercado) para a Lojas Renner, e preço-alvo para 2022 de R$ 51, frente à cotação de fechamento de quinta de R$ 39,45.

JBS (JBSS3, R$ 31,71, +0,96%)

A Pilgrim’s Pride, controlada da JBS nos Estados Unidos, informou que precificou uma oferta de US$ 900 milhões em notas sênior não garantidas com vencimento em 2032. 

De acordo com comunicado da empresa, os títulos serão emitidos a 100% do valor principal agregado e terão rendimento de 3,5%. Devido à demanda significativa, o montante da emissão foi elevado de US$ 750 milhões iniciais. A venda das notas deve ser concluída em 2 de setembro.

Embraer (EMBR3, R$ 19,87, +1,58%)

A Embraer informou que está ampliando sua rede de suporte na região Nordeste dos Estados Unidos com a adição de novos serviços em Centros de Serviços Autorizados da Embraer (EASC). A Empresa concedeu a três centros a capacidade de aumentar as possibilidades para atender mais modelos de jatos executivos da Embraer.

Em nota, o diretor Global de MRO da Embraer Serviços & Suporte Frank Stevens destaca que com o crescimento da frota de jatos executivos da Embraer nos Estados Unidos, a empresa está reforçando a rede de serviços para melhor atender os clientes na região. “As três instalações oferecerão excelentes opções a esses clientes para manutenção programada e não programada, troca de componentes e peças e inspeções com diferentes níveis de complexidade”, afirma.

À Hawthorne Global Aviation Services, LLC, localizada no Aeroporto MacArthur de Long Island, em Nova York, foi outorgada a capacidade de adicionar a manutenção de aeronaves com inclusão dos jatos Phenom 100, Phenom 300, Legacy 450 e Legacy 500, além do Praetor 500 e o Praetor 600, ampliando assim suas atuais capacidades de manutenção para servir os jatos Legacy 600 e Legacy 650.

BRF (BRFS3, R$ 23,75, +0,68%)

O Conselho de Administração da BRF, uma das maiores companhias de alimentos do Brasil, aprovou uma Política de Compra Sustentável de Grãos, conforme ata de reunião do colegiado divulgada na quinta-feira. A aprovação atende o plano Visão 2030 da BRF e o compromisso de rastreabilidade assumido pela empresa em dezembro de 2020, segundo a ata, que não trouxe mais detalhes.

Vibra Energia (BRDT3, R$ 26,10, +0,12%)

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A BR Distribuidora  passa a se chamar Vibra Energia, mas manterá a atual identidade visual e o símbolo BR em sua rede de 8,3 mil postos de combustíveis em todo o Brasil, além de manter outras marcas de produtos e serviços, conforme comunicado enviado pela empresa ao mercado nesta quinta-feira. O movimento ocorre após a Petrobras (PETR3;PETR4) ter vendido sua fatia remanescente na maior distribuidora de combustíveis do país, no fim de junho. Veja mais clicando aqui. 

Alliar (AALR3, R$ 14,50, +11,03%) e Rede D’Or (RDOR3, R$ 75,70, +3,05%)

A empresa de diagnósticos médicos Alliar AALR3.SA disse nesta sexta-feira que acionistas com 50,192% da empresa assinaram um acordo de acionistas um dia depois de fundos de investimento ligados ao empresário Nelson Tanure comprarem cerca de 26% da companhia. (Full Story)

A ação de Tanure, anunciada na quinta-feira, complica uma proposta de aquisição feita pela rede de hospitais Rede D’Or. A assessoria de comunicação de Tanure disse que ele não fazia parte do acordo de acionistas de sexta-feira.

Já no radar da Rede D’Or, a companhia anunciou a compra dos 20% de participação remanescentes do Hospital Aliança, localizado em Salvador (BA), por R$ 350 milhões.

Somando-se os valores, a Rede D’Or pagou R$ 1,150 bilhão pelo ativo. A aquisição foi feita pela afiliada Hospital Esperança S.A. Segundo fato relevante, a previsão de receita para o Hospital Aliança em 2022 é de R$ 700 milhões.

CVC (CVCB3, R$ 19,83, +3,82%)

A CVC  teve seu rating elevado de brB para brBB pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s.

Arco Educação (ARCE: Nasdaq) 

A Arco Educação teve prejuízo de R$ 20 milhões no segundo trimestre de 2021, ante lucro de R$ 16,3 milhões registrado no mesmo período de 2020. No critério ajustado, o resultado trimestral foi positivo em R$ 36,4 milhões.

Já a receita da empresa cresceu 9,1%, para R$ 256 milhões.

O Credit Suisse reforçou sua visão otimista para a Arco , citando indicadores positivos para o valor do contrato anual (ACV na sigla em inglês), que dão suporte a sua visão positiva sobre a empresa. O banco diz esperar que a companhia volte a um nível de crescimento orgânico de cerca de 20%, o que representaria uma forte aceleração em relação ao dígito único observado em 2021.

O banco diz que a continuidade da vacinação e a volta de aulas presenciais devem dar suporte a um bom segundo semestre em termos de novas vendas. O banco diz avaliar que as ações são negociadas em um nível atrativo, de 27 vezes a relação entre preço e rendimentos (P/E em inglês) em 2021, e 20 vezes em 2022. O banco mantém avaliação outperform e preço-alvo de US$ 46, frente à cotação de US$ 26,27 dos papéis ARCE na quinta na Nasdaq.

Burger King Brasil (BKBR3, R$ 9,32, +4,84%)

Após a correção recente de preços do Burger King Brasil, o Itaú BBA atualizou a sua nota para a empresa de market perform (perspectiva de valorização dentro da média do mercado) para outperform (acima da média), avaliando que a valoração é atrativa. O banco diz que, com o nível atual de valoração, vê com menos ressalvas a perspectiva de diluição de curto prazo com a compra da DPB. O preço-alvo para 2022 indicado pelo Itaú é R$ 12,5, frente à cotação de quinta de R$ 8,89.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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