Turn around e aquisições: as histórias das ações que mais subiram no Ibovespa em 2019 (e o que esperar para 2020)

Turn around e aquisições: as histórias das ações que mais subiram no Ibovespa em 2019 (e o que esperar para 2020)

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SÃO PAULO – Registrando a maior alta desde 2016 e no quarto ano seguido de ganhos, o Ibovespa teve sucessivos recordes históricos em 2019 na esteira da aprovação de reformas econômicas e com os juros em queda aumentando a atratividade por investimentos em renda variável.

Das 68 ações que compõem o índice, 10 tiveram ganhos acima de 100%. Mas, além do ambiente macroeconômico, algumas histórias específicas conduziram as maiores altas do Ibovespa no período.

Segundo dados da Economatica, a maior alta do período ficou com os ativos da Qualicorp (QUAL3), com alta de 243%, sendo seguidos de perto pelas units do BTG Pactual (BPAC11), com ganhos de 235%, enquanto a Via Varejo (VVAR3) ficou na terceira posição, com valorização de 154%. Tanto Qualicorp quanto Via Varejo têm histórias com pontos similares na bolsa em 2019, ao passar de um período de pessimismo e dúvidas sobre a gestão e governança corporativa para outro de virada nas expectativas, com sinais de mudanças nos rumos das companhias.

Além delas, outras ganharam destaque, como a Notre Dame Intermédica (GNDI3), relativamente nova na bolsa (a ação estreou em abril de 2018 na B3), a JBS (JBSS3) e, mais uma vez, o Magazine Luiza (MGLU3). Confira a trajetória das ações que mais subiram no Ibovespa em 2019:

Via Varejo: após virada na bolsa, é hora da virada nas operações?

No caso da varejista, dona do Submarino, Ponto Frio, Casas Bahia e Extra.com, o primeiro semestre foi marcado pela saga do Pão de Açúcar para vender as ações que tinha, o que acabou se concretizando com a venda em meados de junho de R$ 100 milhões de ações, correspondendo então a 1,6% do capital, para o empresário Michael Klein. Como ele já possuía 25% dos papéis, tornou-se o maior acionista individual.

A companhia era recorrentemente apontada como bastante problemática por investidores, com questões operacionais e financeiras que abalaram a confiança, enquanto concorrentes como Magazine Luiza (MGLU3) avançavam cada vez mais em termos de integrar a loja física e a sua operação digital.

Os números do terceiro trimestre de 2019 mostraram uma queda no faturamento de 10,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, o prejuízo triplicou para R$ 244 milhões, enquanto a margem operacional teve queda de 6,.6% para 4,3%.

Na teleconferência para comentar os números, foi destacada a compra de 20 mil cadeiras novas (alegando falta delas para que os funcionários negociassem com os clientes) e manutenção do ar-condicionado, mostrando que ainda serão necessários muitos esforços para tornar a experiência de compra nas lojas do grupo mais agradável para os clientes.

Apesar dos diversos desafios que a companhia ainda terá que enfrentar, os primeiros sinais de mudança na companhia já foram bem vistos por analistas e investidores do mercado.

“Estamos mais confiantes em relação ao potencial de melhora da operação da Via Varejo frente ao diagnóstico e às primeiras iniciativas da nova diretoria da companhia. Dentre elas, destacamos a renegociação dos contratos comerciais com os principais fornecedores, a revisão dos incentivos para a venda atrelados a remuneração do time vendas e a retomada do crescimento de vendas na operação online”, apontaram os analistas da XP Investimentos.

Dessa forma, ainda que avaliem os resultados de curto prazo continuam pressionados, a expectativa é de que a Via Varejo seja uma história de recuperação em 2020.

Alguns sinais de progresso já foram dados, como na Black Friday de 2019, em que faturou um valor recorde de R$ 1,1 bilhão graças ao esforço de logística e à integração “omnicanal”.

Houve alguns percalços no caminho, como a confirmação em meados de dezembro pela companhia de indícios de fraude contábil, com impacto bilionário no próximo balanço. Porém, apesar da notícia ser claramente negativa, analistas apontam que os fatos investigados referem-se às gestões passadas da companhia e que há uma melhora clara na governança corporativa.

Assim, mesmo em meio a tantos desafios, o plano de reestruturação da companhia anima os investidores. Em seu primeiro Investor Day sob nova direção, realizado no dia 17 de dezembro e que foi transmitido pelo InfoMoney, a empresa disse que já será lucrativa no quarto trimestre desse ano e seguirá assim nos próximos balanços. Para o ano que vem, espera aumento de dois dígitos na receita, crescimento de 30% em vendas totais (GMV) e margem Ebitda entre 5% e 7%, além de projeções de investimento muito acima do que foi usual nos últimos anos, entre R$ 700 e R$ 800 milhões, e abertura de 70 a 90 novas lojas, com foco nas regiões Norte e Nordeste.

Neste cenário mais positivo, nove entre 16 analistas recomendam compra do papel, ou 56,3% do total. Seis estão com recomendação neutra, ou de manutenção em carteira (37,5%) e apenas uma casa, o Goldman Sachs, recomenda venda. Justificando a recomendação, o Goldman acredita que o momentum positivo gerado pela nova diretoria da companhia já está amplamente precificado; porém, outras casas, como o Credit Suisse, seguem avaliando que a companhia pode mostrar mais os progressos com a nova gestão, o que leva a recomendação equivalente à compra.

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Contando pontos a favor para a virada da companhia não só na bolsa, mas no “mundo real”, também estão as expectativas de uma aquecimento da economia em 2020, com as projeções para crescimento do PIB acima de 2%.

Qualicorp: depois da tempestade….

Para entender o forte movimento das ações da operadora de planos de saúde em 2019, é preciso voltar um pouco para trás, mais precisamente em outubro de 2018. Nos primeiros dias daquele mês, a companhia anunciou que assinou contrato com o seu fundador, José Seripieri Filho, para não alienação de ações e não competição de negócios. Em tese esse acordo se justificaria uma vez que haveria risco de que Seripieri Filho, mais conhecido como Júnior, vendesse tudo e abrisse outra empresa no setor.

A notícia foi especialmente mal recebida pelos investidores por conta das condições do acordo. Para não vender as ações e não criar uma rival por um período de seis anos, o fundador da Qualicorp receberia R$ 150 milhões da empresa, à vista. Gerou-se assim muita insegurança sobre a governança corporativa pelos valores negociados, além do fato de que não havia nenhum rumor de que Seripieri poderia vender as ações. Com isso, os papéis desabaram naquela sessão.

Contudo, em meio a protestos de investidores, Júnior se comprometeu a adquirir pelo menos 150 milhões de ações e o Conselho decidiu que novas operações com partes relacionadas envolvendo a companhia e acionista seriam submetidas a aprovação de assembleia geral de acionistas. Essas medidas foram bem recebidas, mas muitos investidores ainda estão receosos com o papel.

Mas, em agosto, o rali ganhou mais fôlego, após Seripieri concordar em vender uma fatia de 10% para a Rede D’Or São Luiz e, posteriormente, deixar o cargo de presidente da empresa. Em apenas um pregão, de 9 de agosto, os papéis saltaram 36% na esteira desta notícia.

Os resultados apresentados pela companhia em meados de novembro também reforçaram o otimismo, com perspectivas de que mais está por vir com a companhia implementando uma estratégia sólida para impulsionar as suas vendas digitais, conforme destacou o Bradesco BBI. A companhia ainda apresentou crescimento das receitas associadas à excelência operacional e aumento de suas margens, impulsionado por maior controle de custos, aumento de preços e retenção de clientes.

“Com a liderança da Rede D’or, acreditamos que mais iniciativas poderiam ser implementadas e potencialmente haverá maior expansão de margens”, apontaram os analistas. Assim, a entrada do parceiro estratégico aumentou o otimismo para a companhia, deixando para trás qualquer temor de que a saída de Seripieri poderia abalar os rumos da companhia. Neste cenário, entre as 7 casas de análise que acompanham os ativos da companhia, 5 recomendam compra da ação e 2 estão neutros com os ativos.

Notre Dame: consolidação – e mais pode estar por vir

Outra empresa do setor de saúde que se destacou entre as maiores altas do ano foi a Notre Dame Intermédica, que teve um 2019 de consolidação de suas aquisições, sendo as de maior destaque a da Green Line em setembro de 2018 por R$ 1,2 bilhão e a do grupo Clinipam, em novembro de 2019, por R$ 2,6 bilhões.

Em entrevista ao Valor Econômico realizada em novembro, Irlau Machado, presidente do grupo, destacou que a companhia está intensificando as suas análises para expandir na região Sul e ainda destacou a queda da sinistralidade da Greenline após a Notre Dame passar a comandar a companhia.

“Assumimos a GreenLine em fevereiro. A sinistralidade era de 80% e em poucos meses conseguimos baixar quatro pontos percentuais. Havia vários gastos que achávamos que eram despesas gerais e administrativas, mas eram sinistralidade [gasto médico]”, destacou Machado. A expectativa é de que a taxa de sinistralidade da GreenLine atinja igual patamar do restante do grupo entre seis meses e um ano.

Olhando para o presente, o Morgan Stanley destaca que a empresa vem apresentando os melhores resultados operacionais do setor: “a empresa opera em regiões que atualmente respondem mais rapidamente aos primeiros sinais de recuperação econômica”.

Isso também leva a melhores perspectivas para a companhia em 2020. “Esperamos maiores adições de membros e maior expansão de margem (todos orgânicos) versus os pares, além de crescimento da receita de 35% e 19% e (ii) expansão da margem Ebitda [Ebitda/receita líquida] de 210 pontos-base e 30 pontos-base para 2019 e 2020, respectivamente.

Além disso, apontam os analistas, a oferta subsequente de ações, que fez a companhia levantar R$ 3,7 bilhões, pode rpresentar maior poder de fogo para novas aquisições, algumas já mapeadas pela companhia.

Assim, com analistas destacando a estratégia de consolidação robusta, as fusões e aquisições e o reforço da rede de fornecedores, aprimorando a vantagem competitiva no mercado de saúde,  as 7 casas que acompanham o papel GNDI3, seis recomendam compra, enquanto apenas uma possui recomendação neutra para os ativos.

BTG Pactual, avançando nas operações digitais

O Morgan Stanley destacou ter uma visão positiva para a instituição financeira em meio ao contínuo progresso nas operações digitais, estando à frente em relação à meta de ativos sob gestão de R$ 150 bilhões nos próximos 3-4 anos.

“A administração espera acelerar o ritmo de crescimento em 2020, com planos de expandir a rede e contratar 300 novos desenvolvedores, além de um provedor profissional de serviços bancários para a oferta de banco digital”, destacaram em relatório recente os analistas do banco.

Enquanto o Morgan Stanley possui recomendação equivalente à compra e vê um período de maiores ganhos e bom posicionamento do banco ao cenário de maior crescimento da economia brasileira, os analistas consultados pela Bloomberg mostram maior divisão. Das 8 casas de análise, 4 recomendam compra e 4 recomendam manutenção.

JBS: frigoríficos em alta, mas há riscos

Dois anos e sete meses depois do “Josley Day”, em que foi revelado o conteúdo do áudio de uma conversa noturna entre o ex-presidente Michel Temer e o bilionário Joesley Batista e aumentou muito os riscos para os acionistas da JBS por conta das implicações para os controladores, as ações da companhia terminaram 2019 apontando para uma franca recuperação, com os papéis saltando mais de 100% em um cenário de diminuição de risco e melhora contínua dos resultados.

Somou-se a isso um fator externo, a peste suína africana, que atingiu a China e reduziu a oferta de proteínas por lá, elevando os preços e beneficiando a maior processadora de carnes do mundo, sendo a líder mundial em produção de carne bovina, de frango e couros.

Mesmo com a forte alta dos ativos, das 16 casas de análise que fazem a cobertura dos papéis (segundo dados da Bloomberg), 12 (ou 75%) seguem recomendando compra dos ativos, enquanto 4 possuem recomendação neutra.

A XP segue visão positiva para a companhia, destacando que está muito bem representada nos mais diversos segmentos, possuindo marcas muito reconhecidas como Seara, Swift, Friboi no Brasil e Pilgrim’s Pride nos Estados Unidos.

“Na nossa visão, os resultados da empresa devem continuar fortes com uma demanda pujante nos Estados Unidos (75% do resultado total), crescimento das exportações do Brasil e ambiente favorável para o setor de proteínas devido à Peste Suína Africana na China”, avalia Betina Roxo, analista da XP.

Dentre as principais empresas do setor, a visão é de que a JBS deve ser favorecida tanto no campo internacional quanto doméstico. Quanto ao mercado norte-americano, ela deve permanecer favorecida pela demanda mais aquecida, enquanto no Brasil está bem posicionadas para se beneficiar dos efeitos de uma potencial retomada da atividade econômica.

Porém, vale destacar que o setor de frigoríficos como um todo deve seguir impulsionado em 2020 pela peste suína africana que atingiu a China. “Com a oferta chinesa de proteínas ainda restrita devido aos efeitos da peste, os países exportadores devem seguir beneficiados pelos preços mais altos no mercado internacional”, explica a equipe de análise.

Além disso, para quem quiser investir no papel, é preciso estar consciente de que poderão haver alguns “sustos” pelo caminho. No começo de novembro, os ativos chegaram a cair 7% em apenas uma sessão após Augusto Aras, procurador-geral da República, pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a rescisão do acordo de delação premiada dos ex-executivos da companhia Joesley, Wesley Batista, Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva.

Antes disso, em outubro, senadores americanos pediram que governo revisasse as operações da companhia nos EUA por conta das acusações de corrupção e as relações comerciais do grupo com o regime de Nicolás Maduro da Venezuela. Em nota na época, a JBS disse estar “ciente da carta” enviada ao Tesouro americano pelos senadores e que a empresa cooperou com as autoridades dos EUA “de maneira transparente em relação aos eventos passados no Brasil.”

Em dezembro, os ativos foram pressionados também pela notícia de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) iria vender as ações tem a intenção de vender as ações do frigorífico. Atualmente, o banco de fomento detém 21,3% das ações da empresa, o que pode gerar pressão no papel no curto prazo.

“Porém, continuamos com uma visão positiva para a empresa no longo prazo, que ainda deve continuar se beneficiando dos impactos da Peste Suína Africana e da forte demanda por carne bovina nos países que ela atua. Além disso, sua estratégia de aumentar a exposição a produtos de maior valor agregado, combinada à inovação devem sustentar sólidos resultados adiante e manter o forte posicionamento da empresa no mercado”, avalia a XP.

Na mesma linha, o Morgan Stanley reiterou no início do mês recomendação overweight (exposição acima da média do mercado) para os ativos, destacando a expectativa da gestão da companhia por um quarto trimestre bastante forte em meio à combinação da demanda consistente nos EUA, a questão chinesa e também a melhora gradual da economia brasileira.

Enquanto isso, apesar de seguir visão positiva para os ativos, o BB Investimentos tem preferência pela Marfrig (MRFG3), que pode capturar resultados de uma estratégia mais focada em carne bovina e alimentos processados por conta do aumento de sua participação na National Beef e pela Minerva (BEEF3), avaliando-a como mais bem posicionada para ganhar com a crescente demanda e preços internacionais ao possuir operações no Brasil, Argentina e Uruguai (que, juntos, servem quase 70% do volume de carne bovina importada pela China).

Cosan: destaque entre os biocombustíveis

O destaque entre os papéis do setor de distribuição de combustíveis ficou com a Cosan. No início de dezembro, foram divulgados os dados de vendas pela Plural referentes ao mês de outubro, apontando que a Raízen Combustíveis (controlada pela Cosan junto com a Shell), viu um aumento de 11% e 6,3% nas vendas de de Diesel e Ciclo Otto (Gasolina + Etanol + GNV) respectivamente em relação ao mesmo período do ano anterior.

O desempenho chamou a atenção na comparação com as rivais e, apenas em dezembro, os ativos subiram mais de 12%. . A BR Distribuidora teve uma queda no volume de vendas de diesel (-3,8%) e leve alta nas vendas no Ciclo Otto, de 1,3%, enquanto a Ultrapar (UGPA3) foi melhor, mas ainda abaixo da Raízen, com altas respectivas de 1,5% e 2,6% nas vendas de diesel e Ciclo Otto.

Após esses dados, a XP destacou que a tendência de competitividade se manterá mesmo com um ambiente econômico mais favorável. “Este ambiente ressalta ainda mais a necessidade de uma estratégia, pelo lado das empresas, de ganho de margem em um tradeoff entre volume e preço, bem como a proximidade com sua rede de postos de combustíveis”, complementou.

A equipe de análise aponta preferência no setor para as ações da Cosan dentro do setor, baseando-se em quatro pontos: (1) a consistente estratégia de marketing da Raízen Combustíveis, (2) a capacidade de geração de caixa da Raízen Energia em um ambiente ainda desafiador para preços de açúcar, (3) geração de valor na Comgás com a conclusão da revisão tarifária da empresa e OPA para aquisição das ações preferenciais, (4) potencial de longo prazo com os ativos adquiridos na Argentina e (5) crescimento contínuo na divisão de lubrificantes Moove.

Mas a maioria das casas de análise está mais contida, com 10 das 17 que cobrem a ação recomendando manutenção e 7 recomendando compra. O Bradesco BBI, por exemplo, aponta preferência por Ultrapar, vendo a empresa como a maior beneficiária de um cenário de retomada da economia.

Magazine Luiza: mais um ano brilhante para a varejista

Pelo quarto ano seguido, a ação do Magazine Luiza é um dos destaques de alta na bolsa brasileira, com as constantes  avaliações de que a varejista está cara na bolsa sendo superadas pelos fortes números apresentados pela companhia e estratégias de integração da companhia.

Logo após o Investor Day, realizado em 16 de dezembro, em que a companhia apresentou seus planos para 2020, o que inclui uma conta digital e mais investimentos em malha logística, com objetivo de tornar-se um “sistema operacional do varejo” com seu Super App (leia mais aqui), analistas de mercado destacaram que a companhia segue em ciclo virtuoso após três anos “invejáveis”.

Agora, com a criação da conta digital, a liberação de produtos financeiros para a pessoa física deve contribuir para maiores taxas de conversão  (ou seja: mais vendas), já que o serviço, parceria com o Banco do Brasil, é incorporado ao aplicativo da companhia – já responsável por cerca de 50% das vendas online, ante 32% ano passado, segundo aponta o Bank of America.

Durante o ano, também ganhou destaque a “novela” para aquisição da Netshoes após uma longa disputa com a Centauro (CNTO3) pelo ativo. O Magalu acabou levando a melhor, contribuindo para a sua robusta estratégia multicanal tanto na categoria de duráveis quanto de vestuário.

“Após a aquisição da Netshoes, vemos o Magalu como a melhor empresa posicionada dentre as principais plataformas de comércio eletrônico do Brasil. Isso, combinado com uma forte logística e todo o trabalho que a companhia está fazendo para aumentar a frequência no aplicativo [e assim a fidelidade dos clientes], significa que o crescimento provavelmente permanecerá mais alto por mais tempo, e isso continuará a apoiar as ações”, reforça o Bradesco BBI, que possui recomendação de compra para os ativos.

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Por outro lado, apesar de destacar positivamente as operações da companhia, a XP tem recomendação neutra por não enxergar potencial significativo de alta das ações nos preços atuais, apontando preferência no setor para Via Varejo e Lojas Renner (LREN3), em meio ao cenário de melhora na economia e as expectativas de que a competição internacional não será tão forte no curto prazo.

Confira as recomendações para 2020 das maiores altas do Ibovespa em 2019:

Empresa Ticker da Ação Desempenho em 2019 *Recomendação de compra *Recomendação neutra *Recomendação de venda
Qualicorp QUAL3 +243% 5 2 0
BTG Pactual BPAC11 +235% 4 4 0
Via Varejo VVAR3 +154,44% 9 6 1
NotreDame GNDI3 +136,72% 6 1 0
JBS JBSS3 +122,63% 12 4 0
Cosan CSAN3 +112,46% 7 10 0
Magazine Luiza MGLU3 +112,35% 9 4 1
De acordo com projeções compiladas pela Bloomberg

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