Ação da Natura vai de alta para queda de 3% com saída de fundo; Petrobras ganha força e aéreas caem

Ação da Natura vai de alta para queda de 3% com saída de fundo; Petrobras ganha força e aéreas caem

SÃO PAULO – Em uma sessão de queda para o Ibovespa com a continuidade da tensão entre os EUA e Irã, algumas ações se destacam na bolsa.

A Petrobras (PETR3;PETR4ganhou forças e registra ganhos de olho nos desdobramentos da alta do petróleo na estatal (o governo tem reiterado que não vai interferir na política de preços da companhia e tem minimizado o impacto da crise EUA-Irã no preço dos combustíveis). Sobre o assunto, vale destacar que o presidente Jair Bolsonaro vai discutir o preço do combustível com a equipe econômica, nesta segunda-feira às 16h. O encontro será comandado pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

Já quem passou de alta para queda foi a Natura (NTCO3). A companhia de cosméticos, que viu seus papéis subirem cerca de 4% no início do pregão após revisar para cima as estimativas de sinergias com a Avon, entrou em leilão por cerca de uma hora durante a tarde e passaram a cai cerca de 3%. De acordo com informações da Bloomberg, o fundo Cerberus faz a venda de 52,2 milhões de papéis da companhia. Hoje, já houve uma operação de venda em bloco (block trade) de 6 milhões de ativos a R$ 39,50.

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Também entre as maiores quedas, está a BR Distribuidora (BRDT3) com a notícia de venda de ações detidas pela Petrobras ainda no primeiro trimestre e dados da Sindicom apontando para queda da sua participação de mercado. Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) voltam a cair seguindo a alta do petróleo, com o barril do brent batendo os US$ 70, uma vez que o combustível utilizado na aviação, o querosene, é derivado da commodity.

Veja mais destaques:

A Petrobras comunicou à CVM, na manhã de hoje (6) que recebeu uma correspondência do BNDES, na qual o banco estatal brasileiro informa que convidou o Credit Suisse Brasil, Bank of America Merryll Lynch, Banco Múltiplo, Banco Bradesco BBI, BB Banco de Investimentos, Citigroup, Goldman Sachs do Brasil, Morgan Stanley e XP Corretora de Câmbio para atuarem como intermediários “na potencial venda de até a totalidade das ações ordinárias de emissão da Petrobras de sua titularidade, por meio de uma oferta pública de distribuição secundária de ações, com esforços amplos de distribuição no Brasil e no exterior”.

A Petrobras também enviou, como “etapa preparatória para a transação” comunicado à SEC, comissão de valores mobiliários do governo americano, “documento necessário para que o BNDES possa fazer a oferta nos Estados Unidos”. A operação é estimada em R$ 23,5 bilhões.

Na noite de sexta-feira (3), a Petrobras protocolou um comunicado na SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, no qual informa que pretende vender 734 milhões de ações na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

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Essas ações correspondem a um valor de mercado de US$ 5,82 bilhões (R$ 23,5 bilhões). Segundo informações publicadas ontem no portal Estadão, as ações são do banco estatal BNDES, que pretende se desfazer da participação na Petrobras tanto na Nymex quanto na B3. Não está claro quando essa oferta começará. O fato de a empresa ter protocolado o aviso na SEC, porém, indica que a operação pode estar próxima.

Em outro comunicado, este enviado à CVM, a Petrobras informou ao mercado o começo da fase vinculante para a venda dos campos terrestres de Dó-Ré-Mi e Rabo Branco, localizados na Bacia de Sergipe-Alagoas.

A Petrobras adquiriu 50% dos dois campos em 2005 e informou que a venda faz parte do seu plano de desinvestimentos, para entregar maior valor aos acionistas. A Petrogal Brasil detém os outros 50% e é a operadora. As ofertas serão feitas por campo, separadamente.

A estatal também emitiu uma nota informando que não irá reajustar os combustíveis de imediato, em um contexto de disparada do preço do petróleo após o ataque dos Estados Unidos ao Irã e a crescente escalada na tensão no Oriente Médio,

A companhia afirmou que, diante dos acontecimentos, “segue com o processo de monitoramento do mercado internacional”.

“A empresa seguirá acompanhando o mercado e decidirá oportunamente sobre os próximos ajustes nos preços”, diz a estatal em comunicado.

BR Distribuidora (BRDT3)

A Petrobras pretende vender o que resta de sua participação na BR Distribuidora (37,5%) neste primeiro trimestre, conforme ressalta a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo. A fatia é avaliada em quase R$ 14 bilhões.

Além disso, atenção para os dados do Sindicom de novembro, que reiterou a tendência vista nos últimos meses, com a BR Distribuidora segue perdendo participação de forma sequencial, enquanto Raízen, joint venture entre Cosan (CSAN3) e Shell, vem registrando uma performance acima tanto em volume como em participação de mercado.

Usiminas (USIM5)

O Bradesco BBI elevou a recomendação para as ações da Usiminas de neutra para compra, com um preço-alvo de R$ 13,00 para o papel. O BBI projeta que o setor brasileiro de aços longos e planos cresça 8% e 4%, respectivamente, em 2020. “Nós fizemos um upgrade na Usiminas para compra, acreditamos que a recuperação potencial do Ebitda ainda não está totalmente precificada”, informa o relatório. O BBI projeta que em 2020 o aumento da demanda doméstica recuperará os preços da siderurgia brasileira.

AES Tietê (TIET11)

Os analistas do Credit Suisse elevaram a recomendação para AES Tietê de underperform (desempenho abaixo da média do mercado) para neutro e elevaram o preço-alvo de R$ 12,15 para R$ 15,62, após incorporarem os projetos Tucano no modelo e reduzirem o cost of equity devido a maior proporção de renováveis e aos contratos adicionais.

“Apesar do papel já ter apresentado uma performance forte em dezembro (+28,1%), acreditamos que a Taxa Interna de Retorno (TIR) de cerca 7% é bastante sensata, já que os desenvolvimentos adicionais no complexo Tucano e as potenciais fusões e aquisições no segmento de renováveis ainda podem adicionar mais valor a companhia. Além disso, considerando um nível maior de contratos (80% incluindo Tucano), acreditamos que um dividend flow de 7% seja viável mesmo se os preços estiverem mais baixos”, apontam.

A Natura elevou as estimativas de sinergias com a Avon de US$ 150 milhões e US$ 250 milhões para US$ 200 milhões a US$ 300 milhões, segundo comunicado da companhia ao mercado. A Natura confirmou a consumação do negócio com a Avon em
3 de janeiro.

A petroquímica Braskem comunicou ao mercado na manhã de hoje que o Juiz Federal da Terceira Vara do Estado de Alagoas homologou o acordo que a empresa fechou no dia 3 com a Defensoria Pública do Estado de Alagoas; o Ministério Público Federal (MPF); o Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL); e a Defensoria Pública da União, para apoio na desocupação e compensação financeira dos moradores que vivem nas áreas de risco nos bairros Mutange, Bom Parto, Pinheiro e Bebedouro, em Maceió.

A companhia anunciou na semana passada acordo com autoridades para a realocação e compensação financeira de 17 mil moradores em Maceió.

A construtora e incorporadora JHSF publicou na noite de ontem (5) um comunicado na CVM, no qual rebateu acusações movidas pelo empresário carioca Alexandre Accioly, sócio da empresa nos restaurantes Gero e Fasano do Rio de Janeiro.

Accioly deu entrevista ao jornal O Globo, no qual acusou os sócios, José Auriemo Neto e Rogério Fasano, de praticarem “atos danosos à empresa”, isto é, à São Sebastião do Rio de Janeiro Administradora de Restaurantes e à Gero Rio S.A.

Em nota assinada pelo executivo-chefe da JHSF, Thiago Alonso de Oliveira, a incorporadora comunicou que os sócios (JHSF, HMI e Rogério Fasano) “envidaram esforços para que discórdias com AA (Alexandre Accioly) fossem sanadas profissionalmente, porém, em 23/12/19, a companhia tomou conhecimento que AA, de forma surpreendente e contrária à busca de uma solução amigável para o tema, ingressou com pedido de arbitragem” no judiciário.

“É sabido que AA busca sair das Sociedades RJ e vem promovendo um cenário de disputa para alavancar a sua posição nas sociedades”, diz a nota. “Os sócios enfatizam que não compactuam com esse tipo de conduta”, comunicou a incorporadora, esclarecendo que o empresário Accioly só tem sociedade com a JHSF nos restaurantes Gero e Fasano do Rio.

Banco Indusval (IDVL4)

O Banco Indusval informou ao mercado que o Conselho de Administração aprovou o aumento de capital da instituição, operação que será feita com a conversão de letras financeiras em ações ordinárias. Segundo o banco, foram convertidas 184 letras financeiras em mais de 16 milhões de ações ordinárias da companhia. O Indusval afirma que com a operação o capital social do banco será de R$ 1,15 bilhão, contadas 99 milhões de ações ordinárias e 3,7 milhões de ações preferenciais. O Banco Central precisa homologar o aumento de capital.

O Grupo JSL, que atua em logística e transporte de cargas e passageiros, comunicou ao mercado que suas ações passarão a fazer parte do índice SMLL (Small Caps) da B3 a partir desta segunda-feira (6). A companhia já está listada nos índices IGCX, IGC-NM e ITAG da B3. “A presença nos índices aumenta a visibilidade da companhia, contribuindo para uma expansão da base de investidores e crescimento da liquidez das ações da JSLG3”, comentou o grupo.

Kepler Weber (KEPL3

A Kepler Weber, uma das maiores armazenadoras de grãos do Brasil, comunicou ao mercado que a corretora Tarpon, de São Paulo, aumentou sua participação acionária na companhia de 24,59% para 25,08%. A Tarpon esclareceu em comunicado que seu objetivo é de investimento e a participação pode ser aumentada ou reduzida, a depender das condições de mercado.

A Hapvida cancelou  acordo para transferência de 12 mil clientes da carteira da operadora Agemed Saúde, que atua Santa Catarina. A operadora de plano de saúde anunciou o “distrato e o consequente cancelamento do protocolo de entendimentos para transferência voluntária e parcial da carteira de clientes de planos médicos, de cerca de 12 mil vidas, pertencente à Agemed Saúde S.A. (Agemed).”

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