Demanda por voos da Azul sobe 51,6%; Santander Brasil nega planos para demitir 20% dos funcionários e mais notícias

Demanda por voos da Azul sobe 51,6%; Santander Brasil nega planos para demitir 20% dos funcionários e mais notícias

A atenção no ambiente corporativo está voltada para o ritmo de recuperação da atividade econômica em meio ao fim das medidas de isolamento social adotadas para conter o avanço do coronavírus.

Em destaque, a Azul registrou uma alta da demanda em maio na comparação com abril. A empresa terminou o mês passado com 115 voos diários. Já o Santander Brasil negou na noite de terça-feira que tenha planos de reduzir seu quadro de funcionários em cerca de 20% do total.

O comércio de São Paulo inicia sua reabertura nessa quarta-feira, mas há dúvidas sobre qual será a demanda dos consumidores.

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A BR Distribuidora divulgará o balanço do primeiro trimestre após o fechamento dos mercados. Confira os destaques:

A companhia área Azul registrou uma alta da demanda em maio na comparação com abril. A empresa terminou o mês passado com 115 voos diários.

Segundo a companhia, houve uma alta de 51,6% na demanda e de 44,8% na oferta. Já a taxa de ocupação das aeronaves ficou em 72%, alta de 3,2 pontos percentuais.

A empresa informou ainda que espera ampliar sua malha de operações no próximo mês. A expectativa é chegar a 240 decolagens diárias nos dias de maior demanda.

Ainda em destaque no noticiário da companhia, a Azul apresentou uma proposta ao Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) para garantir a estabilidade dos empregos de pilotos e comissários por 18 meses, mediante redução de jornada e salários. A iniciativa segue na esteira do acordo firmado entre a categoria e a Gol, anunciado na quinta-feira da semana passada, dia 4. O setor aéreo tem sido um dos mais atingidos no mundo pela pandemia do novo coronavírus, com algumas aéreas totalmente impossibilitadas de operar.

O acordo vale por 18 meses, com redução média de 16% na remuneração, levando em conta o corte no salário e na ajuda de custo.

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De forma bruta, a redução de salário será de 45% entre o terceiro trimestre de 2020 e o primeiro trimestre de 2021, quando o porcentual começa a cair. No quarto trimestre de 2021, a redução na remuneração será de 25%. Considerando a ajuda de custo, as reduções líquidas vão de 23% no terceiro trimestre de 2020 para 3% de queda na remuneração no quarto trimestre de 2021.

Santander Brasil (SANB11)

O Santander Brasil negou na noite de terça-feira que tenha planos de reduzir seu quadro de funcionários em cerca de 20% do total, embora tenha admitido ter feito demissões pontuais. “Essa informação não é verídica”, afirmou o banco em comunicado.

Na tarde de terça, a edição online do jornal Folha de S.Paulo publicou que a filial no país do espanhol Banco Santander preparava a demissão de cerca de 9,4 mil funcionários, o que representa cerca de 20% do quadro de empregados da instituição no país.

Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, o banco demitiu 15 funcionários da área de asset management em São Paulo, além de outros seis da financiadora Aymoré.

O Santander Brasil afirmou no comunicado que fez parte do movimento de empresas chamado Não Demita e que o compromisso valia até o final de maio.

Em análise, o Bradesco BBI destaca que a maioria dos grandes bancos que operam no país se comprometeu a não se envolver em demissões significativas durante a crise.

Os analistas apontam que a rotatividade natural de funcionários dos bancos provavelmente deve resultar em um número menor de funcionários até o final do ano, pois as instituições não devem substituir os funcionários que estão deixando a empresa durante a pandemia.

“Em nossa opinião, uma das maiores oportunidades decorrentes dessa pandemia para os bancos seria ter uma estrutura mais eficiente, reduzindo o número de agências, otimizando processos e tendo mais pessoas trabalhando em casa. Observamos, no entanto, que o momento é importante. Essa crise global não nasceu dentro dos limites financeiros e os bancos têm uma oportunidade única de fortalecer suas imagens com suas comunidades. Demitir pessoas exatamente durante o momento mais grave da crise provavelmente prejudicaria a imagem dos bancos. Preferimos esperar que os bancos em geral se envolvam em mais otimizações materiais e significativas de suas estruturas até 2021 e 2022 do que em 2020, como sugerem as notícias. É quando acreditamos que alguma vantagem do lado dos custos deve ser vista”, avalia o BBI.

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A Petrobras prorrogou para 18 de junho o prazo para manifestação de interesse na sua participação em blocos exploratórios na Bacia do Espírito Santo, segundo comunicado ao mercado.

A Petrobras está vendendo uma parcela de sua participação nos blocos exploratórios pertencentes às concessões ES-M-596_R11, ES-M-598_R11, ES-M-671_R11, ES-M-673_R11 e ES-M743_R11. Permanecem inalteradas as demais condições do processo de venda. A empresa que já tenha manifestado interesse, não precisa fazer uma nova notificação.

Ainda no radar da companhia e também da Braskem, as duas empresas renovaram o contrato de fornecimento de nafta para a petroquímica nas unidades da empresa na Bahia e Rio Grande do Sul.

Esses novos contratos entram em vigor no vencimento do atual, ou seja, em dezembro de 2020. O prazo é de cinco anos.

O volume mínimo a ser fornecido é de 650 mil toneladas e, por opção da Petrobras, o adicional poderá ser de até 2,8 milhões de toneladas por ano. O preço foi fixado em 100% da cotação da nafta no Noroeste da Europa (ARA).

A Braskem também renovou os contratos de tancagem com a Petrobras Transporte, garantindo assim o acesso ao sistema logístico de nafta no Rio Grande do Sul.

Os analistas do Morgan Staley lembram que no contrato em vigor, o preço está fixado em 102,1% desse referencial.

Os analistas não viram a notícia como uma surpresa, já que a Braskem já sinalizava que o novo acordo seria feito por regiões. “Embora as duas empresas ainda precisem concluir as negociações para a região sudeste, o anúncio de hoje ajuda a abrir caminho para o desinvestimento de algumas refinarias da Petrobras”, avaliaram.

Localiza (RENT3), Unidas (LCAM3) e Movida (MOVI3)

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O Itaú BBA revisou suas projeções para o segmento de locadora de veículos, mas manteve a recomendação de “outperform” para Localiza, Unidas e Movida. Os preços-alvo dos papéis, no entanto, foram reduzidos.

No caso da Movida, o preço-alvo foi caiu de R$ 27,50 para R$ 19,50. Na Unidas, o valor foi revisado de R$ 32 para R$ 25. Já o novo preço-alvo da Localiza foi fixado em R$ 50, ante R$ 58

“A Unidas provavelmente enfrentará a crise causada pela pandemia de forma mais fácil que seus pares, dada a sua maior exposição à divisão de gerenciamento de Frota que é mais resiliente”, explicaram os analistas.

Na Unidas, 56% da receita de aluguel da Unidas em 2019 foi gerada por essa divisão. Essa fatia foi de 28% na Movida e 24% na Localiza.
As novas projeções incluem o desempenho dessas empresas no primeiro trimestre do ano, o desempenho operacional de abril e considera a atualização do cenário macroeconômico.

BR Distribuidora (BRDT3)

A BR Distribuidora anunciou que o pagamento dos juros sobre capital próprio (JCP), que seria realizado até o dia 30 de junho, foi adiado para até o dia 30 de dezembro de 2020.

A medida já era esperada. A companhia reforçou que o adiamento tem caráter “precaucional, em face das incertezas trazidas pela atual conjuntura”.

O fundo de investimento em ações Samambaia Master aumentou sua participação em ações da Light  para 20,01%, segundo o documento enviado ao mercado na terça. O fundo passa a deter 60.817.410 papéis da companhia.

“Conforme a correspondência enviada pelo Fundo, sua participação acionária detida tem por objetivo o investimento na Companhia sem a intenção de alterar a sua composição de controle ou estrutura administrativa e não visa atingir nenhum percentual de posição acionária em particular”, afirmou a Light.

Shoppings

O comércio de São Paulo inicia a sua reabertura mesmo com o avanço dos casos de coronavírus. As lojas de rua voltam a abrir nesta quarta-feira e, na quinta-feira, será a vez dos shoppings. A prefeitura determinou algumas regras para o funcionametno desses estabelecimentos, como a limitação do horário aberto ao público de quatro horas.

Segundo dois estudos relatados em reportagem da “Folha de S.Paulo”, em situações de taxa de contágio do coronavírus elevadas, o impacto recessivo ocorre sem ou com quarentena. Isso seria consequência do temor do consumidor em ter contato com o vírus.

O presidente da Associação dos Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun, espera que o movimento para o Dia dos Namorados, comemorado na sexta-feira, caia pela metade.

No radar do setor, o Bradesco BBI fixou o preço-alvo para as ações da Aliansce Sonae (ALSO3) em R$ 44, ante R$ 31,30. Para os analistas, embora parte do consumo esteja migrando para o comércio eletrônico, o setor de shoppings continua resiliente no Brasil e a administradora de shoppings é a com maior potencial de valorização.

A avaliação é que a Aliansce Sonae tem um bom histórico de administração e tem a incorporar as sinergias das fusões, embora esse processo possa demorar um pouco mais.

“Continuamos confiantes de que esse setor permanecerá resiliente e sólido no Brasil, oferecendo opções de compras muito mais seguras do que as lojas de rua, enquanto também oferece áreas de experiência e lazer em um país que não possui esse tipo de espaço público”, avaliaram.

A B3 anunciou que atingiu em maio 2,511 milhões de investidores ativos no segmento de ações. O número representa um crescimento de 123,8% na comparação com igual mês de 2019. Em relação a abril, a alta foi de 4,1%.

Com mais investidores, o volume financeiro médio diário do mercado à vista de ações ficou em R$ 25,409 bilhões em maio, um crescimento de 73,9% em 12 meses, mas uma queda de 8,7% na comparação com abril.

Os dados operacionais, no entanto, mostrando que o número de empresas listadas segue praticamente estagnado. Era 391 em maio, ante 393 em abril e o mesmo número de 391 em maio de 2019.

Para a B3, a receita média por contrato no segmento de juros, moedas e mercadorias foi de R$ 2,022, um crescimento de 20,6% em 12 meses e expansão de 9,3% na comparação com abril.

Educação

A pandemia do novo coronavírus deve acelerar a expansão do ensino a distância na graduação, segundo reportagem do jornal “Valor Econômico”. A expectativa da consultoria Educa Insights é que as matrículas na modalidade on-line superem a presencial em 2022. Antes da pandemia, a expectativa é que isso fosse acontecer só em 2023.

Segundo último levantamento do Ministério da Educação, referente ao ano de 2018, o ensino superior privado tem 4,5% milhões de alunos em cursos presenciais e 1,8 milhão na graduação online.

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(Com Agência Estado e Bloomberg)

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