JPMorgan reduz exposição ao Brasil de overweight para neutro em seu portfólio na América Latina; México é elevado

JPMorgan reduz exposição ao Brasil de overweight para neutro em seu portfólio na América Latina; México é elevado

(Getty Images)

SÃO PAULO – O banco JPMorgan reduziu a exposição em ações brasileiras de overweight (acima da média do mercado) para neutra em seu portfólio da América Latina, enquanto elevou exposição no México para overweight.

“Embora reconheçamos que os ativos estão negociando relativamente a múltiplos baixos e que podem negociar a patamares acima uma vez que o ritmo da vacinação aumenta, não temos uma opinião forte sobre uma recomendação direcional, considerando a alta volatilidade esperada daqui para frente devido ao início muito prematuro do debate presidencial de 2022 e com a piora da inflação e da dinâmica do emprego, esta última devido à escalada da pandemia”, afirmam os estrategistas do banco.

Além disso, os três catalisadores de curto prazo que o banco identificou após os eventos recentes com a Petrobras (PETR3;PETR4) – de maior interferência política com a saída de Roberto Castello Branco do cargo – têm se desenvolvido em diferentes níveis: vacinas (em andamento como esperado), reformas (diluídas, com dúvidas sobre futuros avanços) e real mais forte (a ser observado assim que o ciclo de alta da taxa de juros começar, provavelmente nesta quarta-feira com um aumento de 50 pontos-base na Selic, para 2,5% ao ano).

O JP reduziu sua exposição em Petrobras e em Itaúsa (ITSA4), enquanto elevou a sua exposição em duas ações mexicanas, GCC e Gruma.

De acordo com os estrategistas, as recentes revisões altistas do banco para o PIB dos EUA (expectativa de alta de 6,2%) são um bom presságio para o México (expectativa de alta da atividade econômica em 5,6%, com viés de alta).

O estímulo fiscal dos EUA deve acabar resultando em maiores remessas ao México (que aumentaram 11% em 2020, chegando a 3,8% do PIB) e forte desempenho das exportações e da produção industrial. Além disso, os estrategistas destacam as políticas fiscal e monetária relativamente sólida (o JP espera taxas estáveis ​​em 2021), juntamente com EUA mais fortes, devem manter o peso mexicano a patamares estáveis, apesar do dólar ainda forte e dos impactos da pandemia.

O dólar mais alto tende a reduzir a atratividade de países com beta mais alto, como o Brasil, que foi a base do rebaixamento do Brasil na carteira de emergentes), avalia o JPMorgan.

“O risco político, que sempre é uma questão que assombra nossa visão do México, está inegavelmente presente em praticamente todos os países da região. Embora o Chile tenha sido considerado para uma possível atualização, achamos que o mercado está a um bom patamar no país”, destacam. Assim, as recomendações para a América Latina são de overweight para o México, neutro em Brasil e Chile e underweight (exposição abaixo da média) para Peru, Colômbia e Argentina.

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bratings01

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